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Capitulo Primeiro: como a escrita começou?


Está para começar uma nova série de posts sobre escrita aqui no blog que, sinceramente, estou muito empolgada para começar e compartilhar minhas melhores dicas sobre escrever coisas desde cartas, textos, posts e até mesmo um livro de romance- calma que vou explicar. A intenção é compartilhar aquilo que funciona pra mim e que tem me ajudado e expor também pensamentos e confusões que as vezes tenho pra conseguir colocar em palavras aquilo que está na minha cabeça e pra título de série teremos “Capítulos” com a ordem crescente, esse como viram é o Capitulo Primeiro, talvez isso possa um dia se torne um livro, quem sabe, rs, mas o intuito desse primeiro post da série é relatar os meus primeiros passos com a escrita e ir evoluindo nos assuntos nos capítulos seguintes da série.  

A quarentena continua reinando, mas graças a ela fiquei motivada a tirar algumas coisas do papel, definir metas mensais e diárias e a partir disso estou conseguindo acelerar um dos meus projetos de vida, que é escrever o meu primeiro livro. O processo da escrita obviamente não começou agora, já fazem alguns anos, comecei especificamente em outubro de 2017, mas com o passar do tempo, e as vezes desanimo acabei procrastinando demais e não desenvolvi muito a história em si. Entretanto, desde que eu compartilhei com o meu namorado sobre a escrita do livro, ele me motivou bastante a continuar escrevendo mesmo que não passasse horas escrevendo, mas que um pequeno passo todos os dias seria o suficiente para dar continuidade na história. 
  
Desde que eu me entendo por gente eu gosto de escrever e ler muito, os primeiros passos foi escrevendo cartas, para os meus pais principalmente e assim que entrei na adolescência comecei a ler muitos livros de romance, e a rapidez com a qual eu lia assustava a minha mãe. Alguns anos depois ela chegou a comentar comigo “Eu gastei quase R$ 50,00 em um livro pra você ler em 2 dias, um livro de 608 páginas Larissa?”, hoje eu também me assusto com isso, mas é algo que eu sempre gostei de fazer. As histórias de certa forma me inspiravam bastante e me prendiam de uma forma que eu não conseguia parar de ler até chegar ao fim, mesmo que para isso eu ficasse o dia inteiro lendo, como acontecia diversas vezes. 
Com tudo isso na mente, vários romances que eu lia, a minha imaginação começou a trabalhar mais e surgiu a ideia aos 15 anos de escrever um livro. Eu tinha tudo em mente, desde o início até o fim bem programado na minha cabeça antes de escrever as primeiras linhas e isso me empolgava. Comecei escrevendo a mão, mas na décima página desisti. Sentia que quando escrevia a mão, conseguia me expressar melhor e deixar fluir mais a inspiração, entretanto comecei a digitar no antigo notebook que eu tinha. Terminei de digitar tudo e pensei “Pra quê guardar todos esses papeis?” claro, joguei todos fora rasgando-os em pedacinhos minúsculos. Menos de um mês, não me recordo bem, mas o meu notebook parou de funcionar e eu acabei perdendo tudo o que tinha escrito pois não consegui recuperar.  
Fiquei tão desiludida, por ter perdido algo que eu havia gastado dias escrevendo que eu desisti, não iria conseguir criar outra história como aquela que estava escrevendo. Mas, no meu último ano do ensino médio conheci um perfil no Instagram que na hora me deu uma ideia absurdamente brilhante sobre uma história de romance, dessa vez totalmente diferente de tudo aquilo que eu já tinha lido antes. Comecei diferente: escrevi um resumo bem simples de como seria a história em si e depois afundei em uma busca no meio do oceano de nomes para os meus personagens, escrevi uma lista completa de mais de 30 nomes femininos e masculinos, como também sobrenomes, que eu havia gostado tomando o cuidado de ser diferente dos livros que eu já havia lido.  
A parte mais legal antes de escrever com certeza foi a criação dos personagens. Fiz uma ficha para cada um dos principais e escrevi os detalhes e como eu imaginava e queria que fossem cada um deles desde nome, cor dos olhos e cabelo até características mais profundas como as manias, gostos pessoais e etc. Foi um processo um pouco longo, cerca de semanas até pré-definir tudo. Nesse meio tempo entrei em contato com o perfil do Instagram que citei acima, e perguntei se eu poderia usar o nome e também características como personagem do livro, porque não tinha como ser completamente fictício, eu tinha tido uma inspiração através da realidade, então queria deixar o mais real possível. Alguns dias se passaram, mas a resposta positiva veio, que super me motivou a escrever o mais rápido que eu conseguisse, pois, a resposta continha uma frase do tipo “Quando terminar me envia uma cópia para ler, vou adorar”. 
Ainda estava com o pé atrás sobre escrever novamente no notebook então comprei um caderno dessa vez, pra não ter como jogar fora, e escrevia em todo o meu tempo livre. Escrevia de lapiseira para ter como apagar, pois, à medida que ia escrevendo, também lia as páginas anteriores, que ainda não eram tantas assim. Minhas duas melhores amigas no terceiro ano liam conforme eu ia escrevendo para me dar o feedback, o que me ajudou muito no início para acertar bastante coisa pois elas eram muito sinceras e eu observava muito como a expressão delas ficava enquanto estavam lendo.  
Conversando com uma outra amiga, dando o spoiler da história completa que estava na minha cabeça ainda, ela me ajudou a definir o nome do livro, e como uma seda, encaixou perfeitamente no contexto da história e o melhor, estava livre, não existia um livro com aquele nome. O livro realmente estava ganhando forma. Entretanto, desanimei de escrever novamente. Não havia perdido, mas a sensação que tinha era de que eu estava perdendo tempo escrevendo algo que eu nem sabia se ia dar certo. Pois nesse meio tempo, sai enviando o resumo do livro para diversas editoras, pra saber como funcionava a questão da publicação por elas, mas todas, sim todas, responderam que não estavam interessados em publicar nenhum livro até tal data.  
Mesmo com essa notícia, ainda tentei continuar, depois de um tempo, não tive constância, mas em quase dois anos consegui desenvolver algumas páginas a mais e cheguei à conclusão de que eu não aguentaria mais escrever à mão, pois já passavam das 80 páginas, escritas a mão. No início ano passado decidi colocar tudo a limpo no notebook, mas iria colocar em uma plataforma de documento online para não ter como perder de novo, na metade do ano ainda faltavam longas páginas para serem reescritas. Sim, à medida que fui escrevendo no notebook, tive que fazer muitas adaptações, que consistiram em muitos rabiscos no arquivo original do livro. A história foi mudando também, mas a essência continuava a mesma.  
Compartilhei alguns capítulos do livro com algumas pessoas novamente que mais uma vez me motivaram a continuar escrevendo, porém fiquei sem o meu escrito original por quase três meses devido a uma viagem que fiz, só estava com a atualização. Quando tive o contato com o caderno, li e reli todas aquelas páginas e decidi que seria melhor, continuar escrevendo sem a ajuda dele, pois muita coisa como disse, teve que ser mudada e já não fazia mais tanto sentido, e então começou verdadeiramente o trabalho com o livro. 
  

Por muitas vezes eu pensei em parar, mas sabe aquela sensação de estar fazendo o que ama? Ela sempre reinava dentro de mim me mostrando como a vida deve ser escrita, como tantas pessoas improvaveis conseguiram escrever e hoje serem autores de Best Seller. Esse com certeza é só o começo de um caminho longo e criativo que está vindo pela frente. Eu acredito que Deus, lá de cima, está olhando pra mim com olhar de aprovação dizendo: “É isso que eu tenho pra você, escreva!” Aqui estou, escrevendo a minha história, com todo carinho do mundo.

A série continua no próximo post, se estiver lendo no futuro é só clicar aqui no link.  Não deixe de acompanhar. Irei compartilhar minhas dicas pessoais durante a leitura da série, processo criativo e entre oturas coisas de forma detalhada, que talvez se tivesse lido em qualquer lugar algo assim teria me motivado bastante. Esse foi o resumo de tudo o que aconteceu para que nos próximos capítulos saibam do que estarei falando.

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Com carinho, Lari

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