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Aprendizados sobre morar sozinha por um ano

Parei um pouco para refletir sobre como a Larissa de um ano atrás mudou quando em 25 de setembro de 2019 começou a morar sozinha, muito, muito longe dos pais. Um sentimento de realização percorre dentro de mim porque sinceramente eu não fazia ideia de como seria estar longe da minha mãe e não ter aprendido tanto com ela quando estava comigo aqui no Brasil, ao mesmo tempo que orgulho sabe? por estar fazendo, ou melhor, vivendo algo que eu nunca, jamais imaginaria viver quando era mais nova que é sobre estar morar sozinha aos 20 anos de idade a mais de 365 dias. Por isso hoje quero compartilhar, em forma de conversa mesmo aqui no post quais foram os meus aprendizados, algumas coisas que aconteceram e que acho legal compartilhar que podem trazer algum ensinamento para vocês também.
Se você não me acompanha a algum tempo, ou pulou aqui de paraquedas vou contar um pouquinho da história por trás de morar sozinha de forma bem resumida para entender o que vou compartilhar aqui. Os meus pais, minha mãe, meu padrasto e minha irmãzinha se mudaram para o Estados Unidos ano passado e fiz a viagem com eles, porém voltei e no dia 25 de setembro eu cheguei na minha casa aqui no Brasil com a responsabilidade de morar sozinha. Embora eu dependa dos meus pais financeiramente, não fico o dia todo sem fazer nada, trabalho com a internet, resolvo as coisas para eles e tenho digamos que bastante coisa para fazer o tempo todo que quase não me sobra tempo para coisas mais simples. E aos poucos tenho tentado organizar a minha rotina, conforme os compromissos vão surgindo e desaparecendo ao longo do caminho.
Uma das coisas que foi mais perceptível nesse tempo é que eu aprendi a “meter as caras” e fazer. Sabe quando a gente não sabe fazer algo e acaba deixando para outra pessoa fazer? Ou porque talvez para ela seja mais fácil? Bom, morando sozinha não existe isso, ou você faz, ou você dá um jeito pra fazer. Não existe outra solução, e isso pra mim no inicio foi bem difícil. Principalmente com o carro que eles deixaram, a minha garagem é um pouco complicada para entrar e sair, e eu nunca tinha entrado ou saído dela dirigindo, tive que aprender na marra, pois ou eu tirava o carro, ou eu tirava, não tinha outra escolha. Mas não nego que por vezes eu chorei de raiva por não conseguir tirar o carro, ao ponto de não conseguir sair a tempo e ter que ficar em casa, e quando conseguia demorava, na verdade um dia cronometrei, demorei 17 minutos para tirar o carro de uma garagem. Entretanto mesmo com essas limitações de não ter experiencia e prática, eu desenvolvi muito ao longo desse primeiro ano tanto que já estou tirando o carro em menos de um minuto.
Dentro disso existe outra lição: tudo tem seu tempo. É preciso ter prática, tentar, tentar e tentar até dar certo e cá entre nós, ninguém fica bom em algo de um dia para o outro, leva tempo, as vezes muito e as vezes menos, mas tudo leva tempo e precisamos nos acostumar com isso. Não em ficar estancados esperando o tempo passar, mas entender que para nos desenvolvermos em algo, isso vai nos custar um pouquinho de esforço e tempo.
Relacionado a faxina da casa: está tudo bem a casa não ficar impecável o tempo todo. Eu tenho um toc de organização que sinceramente me desgastou muito no inicio, mas sabe, não vale a pena ficar o dia todo arrumando a casa e deixando de apreciar os momentos, fazer outras coisas. Está tudo bem o meu cachorro entrar com as patinhas sujas, nada do que um pano de chão possa resolver depois, e se não estiver com vontade de limpar na hora também, tudo bem. Morar sozinha te dá a oportunidade de limpar e organizar quando você quiser, e posso te dizer uma coisa: nem suja tanto então não precisa ficar paranóica. Eu mantenho a sexta feira especifica da faxina, mas se ao longo da semana não tiver bagunçado eu apenas tiro pó e limpo o chão, também lavando os banheiros  e está tudo bem.
Ainda sobre meter as caras, tenho aprendido todos os dias a lidar com as pessoas, em diferentes lugares. Eu morria de vergonha de ir até um lugar sozinha pela primeira vez, ainda mais para procurar algo ou para comprar. Mas por estar resolvendo as coisas para os meus pais, tenho que estar com contato direto com isso, ir em um lugar, depois ir em outro, perguntar, conversar, falar no telefone que é uma coisa super anormal para mim, com pessoas estranhas, resolver coisas em banco, contas e tudo mais. Não vou negar o nervosismo que ainda tenho ao sair de casa para ir em um lugar que nunca fui, principalmente resolver problemas, mas é uma área da vida que tenho conseguido desenvolver também.

Algo que tive muita dificuldade, porém hoje já consigo lidar bem com isso é a solidão. Estar sozinha o tempo todo pode até parecer legal, mas posso dizer que no inicio foi um choro atrás do outro. Ainda mais quando você está acostumada com muita gente em casa, e aquela bagunça, zero silêncio. Lidar consigo mesma o tempo todo também não é uma tarefa fácil no inicio, porque como só tem você, a concentração da sua atenção se volta para si mesma, o que para muitas pessoas é difícil, mas com o tempo você aprende a lidar com você mesma e e algo que fiz foi transformar a solidão em solitude, em Deus. Tenho certeza de que esse tempo tem sido muito essencial para o meu desenvolvimento em Deus, pois tenho aprendido a depositar nEle as minhas expectativas, as minhas preocupações, porque eu nem sempre posso estar conversando com meus pais, ou com o Ismael, e ainda sim encontro companhia em Deus sabe? É algo maravilhoso.
Uma das coisas mais engraçadas é que, involuntariamente você acaba fazendo as coisas como a sua mãe faz, quase sempre. Eu sempre me pego fazendo algo que minha mãe fazia aqui em casa, seja na forma de organizar a casa, cozinhar, e até mesmo resolver os problemas. Continuo comprando os mesmos produtos de limpeza que minha mãe usava aqui em casa, e tenho o dia fixo da faxina como ela tinha aqui e juro para vocês que não foi algo intencional, quando percebi já estava bem parecida com ela nisso.
Entretanto, li uma coisa esses dias que me fez expandir os pensamentos quanto a isso. A frase que li, era a respeito de uma pessoa casada, que saiu da casa dos pais depois de casar, mas posso aplicar nesse contexto também. É mais ou menos o seguinte: Nós temos a chance de fazer as coisas do nosso jeito agora sabe? Não em relação a abandonar os princípios e o que seus pais lhe ensinaram, mas sobre organizar a casa do jeito que você gosta, usar os produtos que você vai descobrir que gosta, remodular isso, porque afinal as pessoas são diferentes, você pode gostar do que sua mãe gosta de usar e faz, talvez porque não experimentou fazer diferente e usar outros produtos que sejam mais a sua cara, então é válido tentar experimentar, fazer diferente até encontrar o seu jeito de fazer as coisas.
E para finalizar, algo que esse tempo sozinha tem me ensinado é aproveitar ao máximo as companhias quando elas estão presentes. Deixo o celular de lado, e converso com as pessoas olho no olho, aproveito cada minutinho quando alguém vem aqui em casa, ou quando estou com meus amigos porque estar sozinha o tempo todo nos faz ficar com a deficiência da presença de alguém sabe? Se não fosse essa pandemia, com certeza todos os finais de semana pelo menos iria me esforçar ao máximo para ter pessoas ao meu lado para conversar, comer, e se divertir. Porque é tão bom estarmos juntos, é tão bom estarmos em comunhão e isso sinceramente não tem troca. 
Existem outros aprendizados com certeza, mas posso dizer que esses tem sido os mais impactantes na minha vida desde então e eu espero que possa te ajudar em alguma coisa estando ou não morando sozinha. Espero de coração que tenham gostado desse post de hoje e se tiverem alguma pergunta ou quiserem comentar algo sobre isso, comentem aqui em baixo nos comentários, vou adorar ler e interagir com vocês, podem ter certeza!!!
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Com Carinho, Lari.
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4 Comments

  • Any
    6 de novembro de 2020 at 10:38

    Já vi você falando sobre morar sozinha, mas não sabia o motivo. Gostei de saber um pouco sobre a experiência!
    Quando tento me imaginar morando sozinha logo me vem a mente "como eu lidaria quando um bicho/inseto/qualquer coisa do tipo aparecesse?!". Pois é, sou tão medrosa que acho que não me daria bem sozinha, eu sempre tenho que chamar alguém nessas situações (ai ai, haha).
    É muito interessante perceber essas mudanças e aprendizados. Imagino como é desafiador, com seus prós e contras. Muito legal.

    Abraços,
    Any

    Reply
  • Ismael Keffer
    6 de novembro de 2020 at 12:10

    Mesmo longe eu pude perceber a mudança enorme que você teve morando sozinha, altas aprendizagem e crescimento em N areas, admiro muuito você meu amor <3

    Quero ver um post futuramente com o titulo "O que aprendi com um ano de casado" hahaha.

    Beijinhos,
    Seu Gatinho.

    Reply
  • Maylen
    2 de julho de 2021 at 22:34

    Lari, que texto lindo! Me ajudou bastante!!!! Obrigada, de coração!

    Reply
  • Larissa Bueno
    9 de julho de 2021 at 20:24

    Puxa, fico feliz de verdade <3 Beijão May

    Reply

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