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A vontade de desistir faz parte…

Sempre que compartilho algum texto aqui no blog, quase nunca falo diretamente sobre a minha vida, apesar de sempre compartilhar uma coisa ou outra, seja um testemunho, uma experiência, ou algo do tipo. Gosto desses desafios que me proponho a fazer como o Post novo todo dia em Maio, porque me tira da minha zona de conforto e de certa forma do controle. Hoje, me sentei e perguntei ao Senhor: o que escrever?

Então o Senhor começou a trazer a minha memória a minha jornada até aqui. E senti que precisava compartilhar sobre isso. Não a melhor parte da história, mas aquela que poucos contam. Se você me acompanha por aqui há algum tempo, no youtube ou no instagram, sabe que desde sempre eu canto. Sou ministra de louvor e dentro de mim queima o amor por missões, em pregar o evangelho e tornar o nome de Jesus conhecido.

Uma vez me perguntaram se eu havia pensado em desistir da caminhada. E com toda certeza em meu coração eu respondi que não. Apesar de ter crescido em lar cristão, essa foi a melhor decisão que já fiz na minha vida: entregar-me completamente a Jesus. Sempre tive, em conjunto, a convicção do meu chamado, para quê o Senhor me criou para ser. Era e ainda é nítido.

Mas algumas coisas aconteceram nos últimos anos, a minha fé de maneira alguma foi abalada no Senhor, entretanto nos últimos meses eu senti uma vontade gigantesca de desistir. Não de prosseguir para o alvo que é Cristo. Isso jamais passou pela minha cabeça, graças à Deus. Mas eu quis desistir do ministério. Queria ser apenas uma pessoa que, grosseiramente falando, vai a igreja e tem seu relacionamento com Jesus longe dos holofotes, mesmo sabendo de tudo o que Ele já fez através da minha vida. Eu perdi a vontade de cantar. Não se ouvia mais som de canções vindas dos meus lábios. Eu me calei.

Eu só queria Deus naquele momento e ficar quietinha ali. Parecia que não fazia mais sentido cantar. Seja em casa, seja na igreja, na internet e afins. Então eu me aquietei. Evitava a todo custo pegar meu ukulele. Era como se não tivesse forças de fato para fazer aquilo. Junto a isso, vinham vários questionamentos na minha mente quanto ao ministério. Deixando claro aqui que eu continuava orando, indo aos cultos e adorando o Senhor durante o momento de louvores na minha igreja, eu só não queria cantar, não queria mais ir pregar o evangelho, queria me aquietar sabe?

No meio de tudo isso, durante uma pregação na minha igreja local, enquanto eu derramava mais uma vez em palavras ao Senhor que não queria mais aquilo, algo que o pastor que estava ministrando disse acertou como flechas em meu coração. Compartilhando o seu testemunho de vida e fé, esse pastor disse uma frase que pontuou todo aquele caos que estava se formando dentro de mim a ponto de desistir. Não me recordo exatamente as palavras, mas ele, pelo espirito santo, liberou palavras que me fizeram perceber que não era para eu desistir. Que o Senhor estava comigo. Que eu não podia parar.

Suspirei e expressei com meus lábios “Tá bem Jesus, eu não vou desistir”. Com muito esforço peguei meu ukulele, e fui para o meu quarto de oração entoar ao Senhor uma canção no dia seguinte. Dias se passaram e não consegui manter a mesma constância, embora a minha mentalidade estivesse mudado graças ao Senhor. Ainda naquela mesma semana ouvi de uma líder: cante para agradar a Ele, apenas isso. Essa simples frase girou algo dentro de mim. EU precisava cantar apenas para agradar a Ele. Mais do que agradar aos outros, eu precisava agradar primeiramente ao Senhor. Ele era a minha primazia e Deus tem prazer em nos ouvir, seja afinado ou desafinado.

Me alegrei ao ter conta dessa realidade. Mas tinha um problema. Estava muito limitada com o ukulele, pois por mais que a gente tente usá-lo para tocar como se todas as músicas se encaixassem, nem tudo dá certo. Eu estava sem violão. Vendi o meu quando fui embora para Portugal e até hoje, mesmo depois de ter voltado para o Brasil não consegui comprar outro. Comecei então a orar ao Senhor para me presentear com um violão. Quatro dias depois, compartilhei com uma recém amiga da igreja sobre a falta que estava me fazendo não ter um violão.

Minutos depois ela compartilhou que me emprestaria no dia seguinte um violão dela que estava parado em sua casa pelo tempo que precisasse. Eu não fazia ideia de que ela tinha um violão. Tínhamos praticamente acabado de nos conhecer e naquele momento entendi o cuidado de Deus. Detalhe. Ela disse que só iria me emprestar pois sabia que eu era uma adoradora, não emprestaria para qualquer pessoa.

Nem preciso dizer que depois dai, as coisas começaram a fluir novamente. Voltei a cantar nos meus devocionais como fazia antes, derramei as minhas lágrimas ao Senhor em meio as canções, espontâneos começaram a voltar, uma canção nasceu e voltei a ministrar embora em ambiente menor. Eu quase desisti. E o Senhor me fez perceber que independente de tudo eu preciso fazer tudo para agradar a Ele primeiramente, não aos homens.

A minha prioridade hoje não é alcançar milhares de pessoas através da minha voz, não é sobre ser parecido com fulano de tal, ministrar como as pessoas dos Estados Unidos, não. O que eu quero é agradar a Ele, e hoje eu sei que cantar pra Ele, o agrada.

Não sei exatamente como finalizar e dar contexto a isso para que você possa aplicar a sua vida, mas senti uma enorme vontade de compartilhar com você esse meu pequeno testemunho. Espero que isso te ajude a ver que a vontade de desistir pode vir, e vai vir várias vezes, mas é o que a gente faz através dessa vontade que pode mudar a nossa vida para melhor ou pior. Se isso falou ao seu coração, não deixe de compartilhar com alguém para que isso também alcance ao coração dela.

Leia também: Está tudo bem não dar conta de tudo

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Com Carinho, Lari.

1 Comment

  • Carol
    6 de maio de 2023 at 12:23

    Que texto maravilhoso. Muito bom ver o cuidado de Deus.

    Reply

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