Barbie – Crítica sobre o Filme

Apesar de não gostar muito de entrar em assuntos polêmicos, na semana passada foi a minha vez de assistir o filme tão esperado de todos os tempos —Barbie — e é claro que eu não assisti à toa já tendo visto diversas críticas sobre o filme. Por isso hoje venho compartilhar com vocês o que eu achei desse filme que prometeu muito, e bom se você assistiu o filme, vai concordar ou discordar de mim no final desse post.

Uma coisa vamos concordar em todos os casos: o marketing do filme foi espetacular. Parabéns ao copywriter, diretor de arte, gestores de tráfego e publicitários envolvidos pois vocês – se estiverem lendo isso- arrasaram. Nunca vi uma campanha tão bem feita. Foi um show de marketing que ensinou muito a todos nós e agora vai ficar complicado para quem estava acostumado a fazer campanhas ruins, pois o padrão elevou e muito. Não tenho nenhuma crítica negativa em relação a repercussão do lançamento do filme. As pessoas entraram na onda da Barbie querendo ou não.

Mesmo tendo assitido ao filme quase uma semana após o lançamento, muitas pessoas ainda estavam indo para o cinema vestidas de rosa. Não só meninas. E foi muito legal também ver os homens acompanhando as mulheres, mesmo não gostando de Barbie, apenas para fazer companhia para suas damas. Talvez não aconteceria isso se não tivessem feito um baita marketing sobre o filme da boneca mais querida de todas as meninas quando crianças.

Agora começando a crítica oficial do filme, preciso dizer que essa é a minha opinião, baseado em meus principios e aquilo que acredito. Cada um pode julgar conforme bem entender.

Eu particularmente não gostei do filme. Prometeu, prometeu e, continuando o que já tinha começado lá em cima, não entregou nada. Nada do que muitas pessoas, assim como eu, criaram a expectativa de que seria o filme. Imaginei que seria um filme descontraído, onde a boneca finalmente ganharia a forma humana, mas não foi só isso que aconteceu.

Apesar do universo paralelo, que achei sem graça, o filme é totalmente voltado para o feminismo. Em que não há só a supervalorização da mulher, mas sim a desvalorização do homem. Há quem ache isso certo, mas tinha um jeito de mostrar a força da mulher, o poder de escolher qualquer profissão, sem menosprezar o sexo oposto. Da mesma forma que se o filme fosse sobre o Ken, criticaria se houvesse machismo em todo o filme. Isso pra mim, perdeu todas as estrelas que o filme poderia receber.

Apesar de ser mulher, meu estomago revirou quando foi dito que “A Barbie pode ser tudo o que ela quiser. O Ken é só o Ken”. Fica a reflexão, ambos não poderiam ser o que eles quisessem? Achei desnecessário.

Assim como frases do tipo “As mulheres concertaram o mundo””o Ken é muito superfluo””Sem ele ela consegue pensar”. Eles quiseram mostrar que a Barbie, como representatividade feminina, era quem comandava o submundo. E quiseram mostrar que no mundo externo, o mundo real, em que nós vivemos, era o homem, o patriarcado, quem comandava, como se tudo que existisse era para elevar a presença dos homens, tanto que o Ken quando viu tudo isso, quis transformar a Barbielandia na Kenlandia, pois nunca tinha visto homens no poder e todo o patriarcado que mostrou-se visível no mundo real.

Outro fato é que apesar de querer passar a mensagem de que existem vários tipos de Barbie, a história foca na Barbie estereotipada. Aquela loira, magra, cabelo liso, perfeita que a maioria das meninas já teve na infância. Ela não sente vergonha, não erra, não tem celulite e quando aparece está com defeito e precisa ser concertada. Como se isso fosse um problema.

Algo que também fiquei decepcionada foi que o filme não é totalmente real em si. Pois a Barbie não come, não toma banho, nem beija porque é como se fosse o mundo de brincadeira até ela finalmente ir para o mundo dos humanos. As minhas expectativas eram de que o filme seria totalmente no mundo real sabe? Fiquei decepcionada quando vi que não seria como imaginei.

Resumidamente, achei que o filme poderia ter entregado muito mais, sem precisar envolver assuntos sérios e menosprezar o homem como eles fizeram. Sinceramente fiquei com pena dos homens que acompanharam de bom grado suas namoradas, noivas e esposas para ver algo que diminui tanto a masculinidade deles no filme. Como cristã, a minha análise e crítica do filme é ainda mais intensa pois não deve haver nem feminismo nem muito menos machismo.

Esperamos tanto por um filme que tinha tudo para ser descontraído, de comédia, que realmente relembrasse a nossa infância, mas tudo o que recebemos foi algo totalmente diferente disso e das expectativas da maioria das pessoas que falaram muito mal do filme. Além do fato de que o filme não era para crianças, embora muitos pais levaram seus filhos para assistir algo que os assuntos não condizia com a idade deles.

Acredito que apenas uns 5% ou 10% do filme salvava baseado na minha opinião. A única coisa positiva que posso elogiar mesmo foi a qualidade do filme e o marketing por trás do lançamento que não tiveram defeitos.

Mas me contem, vocês assistiram? Se sim, o que acharam?

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Com Carinho, Lari.