Desative o modo automático

Oi, olá, heloou, como você está do lado dai?

Normalmente eu nunca cumprimento você que está lendo esse post, por opção mesmo, mas hoje senti que deveria começar esse post assim, dado o tema que vamos falar hoje. Soa até meio que clichê falar sobre desativar o modo automático na sociedade que vivemos atualmente pois nós mesmos temos a consciência de que estamos sim vivendo um dia após o outro como se estivéssemos realizando as mesmas coisas e como se soubéssemos “de cor e salteado”o que nos espera do futuro.

Ouvimos muito falar sobre a síndrome do pensamento acelerado ( que inclusive, eu mesma tenho), sobre as doenças do século que são ansiedade e depressão, mas tornou-se praticamente um jargão dizer para irmos com mais calma e devagar. É bem verdade que até para essas situações apertamos o botão do modo automático. Falamos sem termos a plena consciência do que de fato estamos dizendo. Aconselhamos como aquele mesmo ditado nos condena “faça o que digo, mas não faça o que faço” e por fim dizemos coisas da boca pra fora só para dizermos que falamos algo. E o ciclo se repete, todos os dias.

Prova disso é que para mudar um hábito é praticamente uma tortura. Como é difícil deixar a procrastinação, parar de comer assistindo netflix e acordar já mexendo no celular. Quem dirá do modo soneca que ativamos sem ao menos termos conta desse fato. O pior de tudo é que estamos achando tudo isso normal, corriqueiro, fatos da vida. Mas não é.

Ainda existe vida fora da zona automática. Nem tudo precisa ter o auxilio da inteligencia artificial e da tecnologia, embora eu mesma usufrua e desfrute disso diariamente, também sou contra em determinados momentos. Falta olho no olho, sair da rotina, momentos de distrações sem estarem programados na nota que a alexa fez enquanto você saia pela casa falando em voz alta sobre seus afazeres. Existe muito mais para desfrutar.

O seu corpo pede isso. Na verdade, ele clama por isso. Por sairmos do modo automático que nós mesmos nos colocamos e agir mais de forma manual. Sabe, vai caminhar um pouco fora da esteira da academia, pegar um pouco de sol longe das máquinas de bronzeamento artificial, ler um livro com calma sentado em um lugar confortável ao invés de ler apenas em momentos que você poderia estar sendo improdutivo. Tome um café em um lugar diferente. Seja intencional com suas amizades e convívios. Aprecie o sabor da comida enquanto come. Ouça uma música sem estar fazendo faxina ou outra coisa para otimizar o seu tempo. Ligue para alguém ao invés de mandar mensagem de texto. Mude seus hábitos. Pare de fazer e querer algo instantâneo, há alegria no processo e desfrute também disso.

Eu particularmente sempre andei muito, não tenho preguiça de andar e me motivava saber que tinha andado muitos passos em cada dia. Entretanto a maioria deles não eram intencionais do tipo: fazer uma caminhada. Eram na verdade por decorrência do dia a dia mesmo. Dessa forma, achava que estava sendo menos sedentária, apenas por aumentar o nível dos meus passos diariamente. Foi quando percebi que estava me sabotando. Eu não estava sendo intencional, não estava focando totalmente na caminhada e sim em resolver as coisas do meu dia.

Depois que pedi demissão percebi que eu estava literalmente vivendo no modo automático. Em todas as áreas possíveis. Então pouco a pouco comecei a mudar meus hábitos, deixar de lado a preguiça e o comodismo. Me desafiei a caminhar pelo menos 3x por semana na praia e assim tenho seguido, ao longo desse mês, fazendo algo por mim que não me permite ficar no modo automático. E como tem sido precioso.

Por isso hoje, quero te incentivar a dar um passo em direção a uma vida menos automática. Desative o modo automático que você encontra hoje e perceberá quanta coisa boa tem te esperado esse tempo todo. Espero que esse texto tenha feito sentido para você e se fez, me conta nos comentários, vamos viver essa jornada rumo a vida mais manual.

Aprecie a vista, vale a pena e você não perde nada por isso.

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Com Carinho, Lari.