Estamos cercados de informações o tempo todo. Se não estamos conversando entre amigos presencialmente, estamos sentados com nossos celulares nas mãos, ora conversando por videochamada ou por mensagem ora vendo a vida alheia no instagram. Enchemos as nossas mentes com coisas que nem sempre são tão importantes assim, colocamos assuntos em lugares de honra nas nossas cabeças sem ao menos nos questionarmos se queremos de fato pensar naquilo e entramos nesse ciclo vicioso que é nos embriagar de informações até quando estamos dormindo.
Uma boa noite de sono pra mim é aquela que consigo sonhar coisas nada a ver, que não fazem tanto sentido, mas que me fazem acordar no dia seguinte com a sensação de que meu corpo descansou durante a noite. Mas nem sempre essa é uma realidade. Acontece também na maioria das vezes o oposto disso. Fico a noite toda sonhando com meu trabalho, com coisas que aconteceram ao longo do meu dia e aquilo repete e repete a todo instante, noite após noite. Resultado disso: uma mente ainda mais cansada no outro dia.
Ao invés de descansarmos, ignoramos isso e nos enfiamos numa bolha de que precisamos nos esforçar mais, gastar mais tempo em tarefas que antes fazíamos em minutos, e as cobranças não param aí. Começamos a viver no modo automático, modo de sobrevivência, não de viver em si. Eu estava assim no começo dessa semana.
Me sobrecarreguei com tantas coisas, tantos afazeres e cobranças internas que se eu não tivesse parado um pouquinho só e tivesse olhado para dentro de mim, eu com certeza surtaria e não seria algo bonito de se ver. Foi no meio de um turbilhão de emoções, pensamentos e afazeres que ouvi uma frase que fez total sentido para mim e que pode fazer sentido para você também: infelizmente nos desconectamos da nossa essência.
A boa nova é que podemos nos conectar novamente a essa essência que nos desconectamos com tantos afazeres da vida.
Caminhando sobre a areia da praia me peguei refletindo: nós passamos mais tempo conectados a coisas que são longe de ser parte da nossa essência, e demoramos dias, semanas quem sabe meses para nos conectar a coisas tão simples como é estar descalços em meio a rotina, pegar um pouco de sol intencionalmente, desfrutar do que a natureza está oferecendo, parar de ingerir tanta porcaria para dentro do nosso corpo, ouvir o som dos pássaros, apreciar as nuvens que são únicas e que logo se esvaem, sentir a brisa gelada do vento num fim de tarde, observar a natureza respondendo ao Criador com tamanha singularidade todos os dias e com a mesma essência.
Perdemos parte da essência, precisamos voltar, nos conectar de volta. Não tem como viver uma vida de sucesso longe de tudo aquilo que nos atrai para mais perto de Deus. Pasme você, se desconectar de tudo aquilo que é terreno e passageiro ainda que seja agradável aos olhos, é um passo mais perto da essência de Deus.
Ontem ao ver o mar percebi que quando eu deixo de saber quem eu sou e de viver aquilo que sei para o qual fui criada, significa que tenho estado longe da essência. Nós também encontramos a Deus naquilo que não foi o homem que criou. Por isso, experimente correr para os braços dEle, não só através de um video de um cantor ou pregador famoso na internet, pegue a sua Bíblia, vá você atrás daquele que te criou, se conecte, descalce os pés, molha a bainha da calça, é lá onde ninguém te vê, que a sua essência é ajustada e reconectada.
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