Sempre fui o tipo de pessoa que sempre adorou passar bilhetinhos na escola, que escrevia também diários e em momentos especiais gostava de escrever cartinhas para as pessoas que amava. Lembro bem da primeira carta que eu recebi, guardo ela até hoje e se não me engano tinha por volta dos cinco anos de idade. Uma professora que eu gostava muito deixou pregada na lousa no turno anterior para mim. A partir de então surgiu acredito que uma paixão pela escrita. Só não imaginava que isso evoluiria tanto.
As cartas começaram a ser mais frequentes aos 16 anos quando percebi que escrever sobre mim, para eu mesma, me fazia bem. Então, frequentemente escrevia sobre meus pensamentos, esperando um dia que ao ler, desse boas risadas daquela época. E realmente, elas me fizeram me enxergar e amadurecer de uma forma incrível. Não existia um destinatário. Até que tive a ideia de escrever uma carta para o meu futuro marido ao final de 2017. Escrevi, na certeza de um dia encontrar a pessoa da carta e entregá-la. Quase um ano depois havia encontrado, mas não queria compartilhar meus sentimentos tão de cara e comecei a dar um destinatário as minhas futuras cartas.
Algum tempo atrás eu assisti um filme que mudou completamente a minha visão sobre escrever cartas. O nome do filme é Palavras do coração – cinco estrelinhas – ele me ensinou a usar o dom da escrita para abençoar a vida das pessoas, escrevendo cartas para elas. Isso sinceramente fez toda a diferença, pois até então achava que eu estava atrasada em relação as outras pessoas por gostar tanto de escrever me fazendo perceber como usar esse dom de uma forma expansiva.
Sempre gostei de escrever e as pessoas mais próximas de mim diziam que eu tinha um dom para a escrita. Mas só fui realmente acreditar quando aquilo que eu escrevia comovia as pessoas. E ao entender que a minha linguagem do amor, pode ler sobre isso clicando aqui, é palavras de afirmação me fez desenvolver ainda mais as palavras de modo a acrescentar na vida das pessoas.
Na Espanha mesmo, foi o tempo que à medida que eu escrevia eu também recebia cartas das pessoas e foi a experiencia mais maravilhosa que tive na vida. Cada carta que eu lia aumentava as minhas expectativas e rendiam boas risadas também. Nisso comecei a escrever online para as pessoas que eu gostava. Como também fiz parar nas mãos da minha melhor amiga no Brasil uma carta de feliz aniversário. Escrevi também bilhetinhos com a Rebeca em espanhol e colamos bilhetes motivacionais no banheiro feminino do centro comercial, mesmo que tenham tirado no dia seguinte tivemos a certeza de que pessoas foram alcançadas.
Particularmente, eu adoro enviar cartas por e-mail pois sei que a escrita tem essa essência de expressar mesmo em uma tela de computador aquilo que realmente queremos dizer. Entretanto, a minha forma favorita de escrever sempre será um papel e uma caneta, mesmo com toda a tecnologia avançando, sempre haverá uma carta nova , dentro de um envelope vermelho a ser entregue dentro da minha caixa de cartas no meu quarto.
Escrever cartas para mim significa (tentar) traduzir em palavras aquilo que o coração sente da forma mais singular e pura consigo me expressar. Quero encerrar esse post com uma das minhas frases de uma das minhas cartas favoritas: “Mesmo que um dia as minhas vistas estiverem embaçadas e talvez não consiga segurar como hoje seguro uma caneta, sempre existirá alguém em nossa casa para que consiga colocar no papel tudo que eu falar”. É o que eu realmente quero, para o resto da vida.
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Com carinho, Lari.
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