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Pensamentos

Se marcou a nossa vida, não tem como esquecer…

A gente pode até tentar, mas não esquecemos das coisas que vivemos. Simplesmente  aprendemos a lidar com elas, sejam lembranças boas ou ruins, sem sentir dor ou sem sofrer, mas elas sempre estarão em algum lugar da nossa memória. 
Certa vez uma pessoa me disse “só o tempo poderá dizer isso”, na época não entendia porque a minha dor no momento era gigantesca, mas de fato o tempo me ensinou que essas dores passam, mesmo que as lembranças ficam. Porque sim, elas ficam. Ao longo de nossas vidas vivemos vamos viver ainda muitas coisas, nesses meus 22 anos de idade não me lembro exatamente de tudo o que aconteceu, muitas coisas já fugiram da minha memória, principalmente coisas do dia a dia, casuais, que simplesmente acontecem por acontecer sabe? Mas aquelas vivências de marcaram a minha história, sejam boas ou ruins, estão presentes na minha mente até hoje, não com um sentimento ruim, ou com uma sensação de ódio, ou ainda com muita saudade e tristeza por não poder voltar atrás, mas com a sensação de que aquilo que vivi foi essencial para que a Larissa de hoje existisse.
A gente não se atenta a esse fato. Pensamos que tudo de ruim que acontece é apenas para nos ferir, nos machucar e nos fazer ficar depressivos, tristes e afins. No momento, tudo isso realmente acontece, queremos chutar o balde, desistir de tudo, querer viver uma coisa que a partir daquela não tem como mais viver. Mas essas coisas são fundamentais para formar o nosso eu, formar o nosso caráter e nos ajudar a ver com outros olhos a vida. E normalmente as coisas ruins nos fazem perceber tantas coisas. Hoje olhando para trás, vendo tudo o que passei, que talvez não chega nem aos pés do que você passou, mas que essa foi a minha história, as lembranças que marcaram a minha vida estão aqui, riquíssimas de detalhes ainda, como se algo tivesse acontecido na minha vida ontem, embora eu não lembre o que comi no almoço de ontem, porque foi uma situação costumeira, que repetimos e fazemos todos os dias, por isso não nos lembramos tão bem. Mas falando sobre esses marcos, a verdade é que com o tempo processamos a dor, entendemos o que não entendíamos antes, e mesmo com o passar dos anos aquela situação vai nos ensinando muitas coisas. O nosso Eu vai sendo moldado a amadurecido por decorrer de apenas uma situação ocorrida anos atrás.
O tempo nos dá respostas. Acredite, isso é real. Aquelas coisas pelas quais não entendemos, não conseguimos processar e entramos em um amontoado de dúvidas, com o passar dos dias, semanas, meses, anos e décadas, vão sendo ajustadas dentro de nós, trazendo respostas quanto as nossas dúvidas. Mas por que? Não seria mais fácil termos todas as respostas na hora? E como seria, porém sermos imediatistas não nos trará ensinamentos quanto as respostas. É somente com o tempo mesmo. E como aquela pessoa estava certa quando me disse aquela frase, hoje posso dizer que realmente, o tempo me respondeu, me disse aquilo que eu precisava e gostaria de saber que no momento não consegui obter nenhuma informação além das que eu já tinha.
No decorrer das nossa vidas, vamos ouvir diversas vezes conselhos de pessoas que nos amam, dizendo que precisamos esquecer tal situação, que precisamos esquecer tal pessoa, que precisamos esquecer disso e daquilo. Elas dizem isso na melhor das intenções, porém preciso dizer que, por mais que tentamos não vamos esquecer. Eu tenho apenas 22 anos e embora tenha tentado com todas as minhas forças não esqueci de coisas ruins que gostaria muito de ter esquecido, apagado da memória, talvez isso soa um pouco raso, mas um dia faça o experimento, pergunte a alguém bem idoso, na casa dos 80 90 anos que esteja lúcido, se elas esqueceram de coisas que marcaram a vida delas, tanto boas quanto ruins. Eu acredito fortemente que elas podem até esquecer o nome dos netos, esquecer partes da sua rotina, como foi a sua infância, mas aqueles momentos que só ela sabe o que viveu em seu emocional nos dois extremos, ela irá se lembrar, como se aquilo tivesse acontecido a dias atrás.
Da mesma forma, com as coisas boas. Eu lembro perfeitamente quando comecei a ler, a minha alegria em sair lendo todas as placas dos comércios que via lá em 2005, de como eu fiquei tão feliz quando minha primeira prima nasceu nesse mesmo ano, das boas amizades que fiz ao longo dos anos, de coisas que eu vivi com Jesus quando eu ainda era criança, de quando li o meu primeiro livro de romance, da minha festa de 15 anos, de quando conheci algumas cantoras famosas que eu gostava bastante, do meu processo de habilitação embora tiveram alguns choros, do movimento Guiados que acontecia nas praças da minha cidade, do curso de comissária de voo, da minha ida a Espanha e como a minha fé moveu literalmente as montanhas a três anos atrás e taantas e tantas coisas que aconteceram anos atrás e ainda estão vivíssimas aqui dentro de mim. Conto as pessoas com tanta riqueza de detalhes que parece que estou vivendo aquela situação novamente. Por que? Esses foram marcos da minha história, que ganharam uma proporção tão grande dentro de mim que mesmo que os anos se passem, mesmo que décadas cheguem, eu ainda vou me lembrar.
A gente não se esquece dessas coisas que marcaram as nossas vidas. Mesmo que as pessoas te aconselhem a esquecer, saiba que você não vai esquecer. O tempo vai te ajudar a lidar com essas situações de forma agradável, sem dor, sem culpa, sem receios, mas elas estarão ali. E arrisco dizer que essas coisas que vivemos, que marcaram a nossa história, talvez irão nos ajudar a aconselhar outras pessoas, a ajudar pessoas que estão e estarão passando por coisas parecidas que passamos e edificar a fé delas com aquelas coisas boas que passamos também. Nem tudo vai acontecer de imediato, talvez o seu testemunho não será contado meses após ter ocorrido alguma situação, mas saiba que um dia, em algum lugar, você estará edificando vidas através das suas experiências.
O tempo nos mostra isso. Só precisamos confiar em Deus e ter a certeza de que Ele usa tanto as coisas boas quanto os momentos mais difíceis para gerar em nós algo maior.
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Com carinho, Lari.

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