Reflexão sobre a Eleição do Brasil

Não sabemos até quando teremos o poder da liberdade de expressão depois dessa eleição, mas enquanto ainda está vigente, quer fazer o uso da liberdade que tenho aqui na internet. Ninguém é obrigado a concordar comigo, pelo contrário, vivemos em um país democrático, quero apenas expressar aquilo que penso, nesse espaço que carrega o meu nome ( o que me dá ainda mais liberdade de compartilhar sobre os meus próprios pensamentos) enquanto ainda posso.

O sentimento que tenho hoje, não vou ser hipócrita, é na verdade indignação. Sim, eu fico indignada, e em algum momento da sua vida, sei que também já ficou. No meio dessa minha inquietude e revolta, li em um post do instagram uma palavra que virou uma chavinha na minha mente: vivemos num país democrático. Uns comemoram, outros choram, uns se alegram, outros se entristecem, essa é a nossa realidade. Não teria sido diferente se o Bolsonaro tivesse ganhado, os esquerdistas ficariam nessa mesma situação que eu e quase metade dos brasileiros estão hoje.

Não vim aqui para defender um e denegrir o outro, muito pelo contrário, quero fazer o uso da minha liberdade para compartilhar aquilo que penso sobre muitas coisas que aconteceram nessa eleição. A minha defesa já fiz nesse outro post caso queira ler.

Estava orando no sábado sobre nossa nação e o Senhor trouxe algo a minha mente que preciso compartilhar com o máximo de pessoas possíveis: Ninguém é perfeito. Não voto no Bolsonaro porque ele é perfeito, não voto no outro candidato porque ele deixa ou não de ser perfeito. Mesmo porque, perfeito só existe um que é Deus. Estamos aqui na terra caminhando para melhorarmos a cada dia, mas infelizmente estamos longe de sermos perfeitos. Nossa natureza é pecaminosa. Só conseguimos ter algo bom dentro de nós porque Jesus se entregou, se ofereceu como oferta pelos nossos pecados, e se temos algo perfeito, é ter Deus em nossas vidas, nada mais.

Assim como também, nós como cristãos, pelo contrário do que estão dizendo por aí: não confiamos em homens em primeiro lugar, nem em carros muito menos em cavalos. Mas confiamos no Senhor. Podem falar o que quiserem falar, mas a nossa confiança, mesmo depois dessa tristeza de resultado que foi para nós, continua depositada e firme em Deus.

Não votamos no Bolsonaro simplesmente por causa dele mesmo, não. Como disse anteriormente, se fossemos olhar realmente quem deveria estar apto a ser elegido como presidente da república brasileira, acredito que nenhum brasileiro estaria apto a ser elegido. Todos nós temos falhas, todos nós pecamos, todos nós somos pó. Por vivermos em um país democrático, precisamos olhar primeiramente para os nossos princípios e decidir através deles, qual é o candidato que está mais próximo dos nossos princípios.

Como cristã, defensora do evangelho de Deus, o Bolsonaro era sim o meu candidato. Não só para mim, mas também para milhares de pessoas que também acreditam no evangelho, na família e que amam o nosso país. Não concordo com tudo o que ele fala, muito menos concordo com praticamente tudo que o outro candidato fala.

“Ah mas o Bolsonaro fez isso e deixou de fazer aquilo!” é muito fácil julgarmos quem está no comando, e não só quem está lá no comando, mas também as pessoas ao nosso redor. A gente julga tudo e todos em todo o tempo, ele pode ter feito coisas a mais e coisas a menos, pode ter sim, isso não fez dele um presidente ruim, pelo contrário, o Brasil voltou para o PT totalmente diferente de quando o Bolsonaro pegou o Brasil na última eleição.

O que mais me deixa intrigada e revoltada é que o povo Brasileiro elegeu nessa eleição um ex presidiário para ser o presidente nos próximos quatro anos. “Ele roubou mas fez muito pelo Brasil”. Esse discurso só cola para os brasileiros que votam na esquerda. Um presidente não tem que roubar. Eles tem benefícios demais, não precisam disso. Muito menos, nós não precisamos ter mais esse exemplo ruim dentro da politica. Quando falamos isso para pessoas de outras nacionalidades, essas pessoas não conseguem acreditar no que nós mesmos contamos. O presidente dos Eua por exemplo, carrega consigo um grande respeito do povo, os americanos são patriotas, amam o seu pais. O que infelizmente não acontece com o nosso país em sua totalidade.

Muitos não estão nem aí para a eleição, sequer saem de casa para votar, preferem pagar uma multa de menos de R$10 do que ir lá e usufruir do seu direito de cidadania. Não dão a mínima, deixam outros escolherem por eles. Outros votam nulo ou em branco, dando o direito do seu voto para quem está com menos voto o que pra mim é um absurdo no âmbito da eleição. O significado dessa palavra “Eleição” é escolher alguém para algum cargo. Se você não usa desse seu direito, está entregando na mão de outro o poder de decidir algo que irá te beneficiar ou não.

Outra prova disso que falamos é que milhares de brasileiros estão saindo do Brasil todos os dias para procurar uma vida melhor em outro país, como imigrantes. Portugal por exemplo, pode-se dizer que tem mais brasileiros do que os próprios portugueses. Isso porque? O que faz uma pessoa, famílias e brasileiros, deixarem o seu próprio país em massa?

Para piorar a minha intriga, é que foi dito que os brasileiros que moram fora do Brasil e que votaram nessa eleição, votaram em sua maioria no candidato que ganhou (e que eu não posso nem citar nomes para não me acusarem seja lá do que for). E aí eu te pergunto: como? Porque alguém que saiu do seu próprio país para ser imigrante em outro país por, em sua maioria, achar que o Brasil não estava tendo economia o suficiente, saude o suficiente, segurança o suficiente para a sua casa e sua família, vota em alguém que já estava no comando do país quando estes saíram do Brasil?

Como um imigrante em outras nações votam em alguém que deixou o Brasil como estava e acabou tendo que sair do Brasil para correr atrás do prejuízo e segurança? De que modo podemos (e eu me incluo nisso porque não moro no Brasil) eleger alguém que fez o que fez e que nos deu motivos para deixarmos a nossa própria nação para viver como imigrante em outras realidades?

Porque sinceramente, não é fácil ser imigrante, ainda mais quando sabemos que no nosso país a situação está pior. E pode ter certeza, o aumento de pessoas que já pensavam em ir morar fora do país, vai aumentar absurdamente a partir de agora, as pessoas não vão esperar o pior acontecer para tomar uma atitude para o bem de suas famílias. Infelizmente essa é a realidade que vivemos. Podemos dizer que 90% das pessoas que saem do Brasil, saem por não estarem satisfeitas com o nosso próprio país. Por isso preferem viver como imigrantes em um lugar onde estão mais satisfeitas.

Um outro ponto que durante o momento das apurações dos votos me veio na memória é que na Bíblia aconteceu uma ocasião bem parecida. Jesus quando foi preso teve a oportunidade de ser solto, porém o povo, a quem Jesus amava e iria se entregar por eles, mandou soltar Barrabás, um ladrão. Não tinha lógica. Crucificar um inocente e libertar um criminoso. Não fazia sentido. Mas mesmo nisso, Deus tinha um propósito. E não foi Deus quem fez isso. Foi o povo que escolheu, foi o povo que usou da sua democracia.

Hoje, na eleição, foi elegido o novo presidente. Para nós cristãos, não foi a escolha que esperávamos, mas sabemos que em tudo Deus tem um propósito e ainda que foi a maioria que elegeu. Deus sabe o que faz e continua no controle de todas as coisas. Não perdemos, o Brasil é nosso, nós somos a nação Brasileira. Talvez seja momento de nos posicionarmos ainda mais em união.

Se tem algo que posso tirar de ensinamento nessa eleição e que com certeza vou carregar por toda a vida é que o presidente Jair Bolsonaro nos trouxe de volta o orgulho de sermos brasileiros. Hoje, posso dizer que tenho orgulho de ser Brasileira. Nós lutamos, oramos, batalhamos e principalmente nos unimos por amor a nossa nação. Não a um presidente, não a um candidato, mas ao nosso próprio povo. As nossas escolhas hoje foram pensando no futuro, pensando no nosso próximo, pensando na nossa geração. Cabe a saber se foi a escolha certa.

Obrigada Brasil, hoje você mostrou a sua força.

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Com carinho, Lari.