Em setembro, especificamente no dia 7, comemoramos a independência do Brasil. Essa data foi um marco na história desde 1822 pois o Brasil conseguiu se desassociar de Portugal, tornando-se um país independente. Esse foi o nosso grito de liberdade. Hoje, depois de duzentos anos, estamos perdendo a nossa liberdade. E não é para um país, é dentro da nossa própria sociedade.
Chega doer o coração dizer que estamos vivendo uma era em que para sermos aceitos, devemos abrir mão do nosso caráter, como também dos nossos princípios e nos prender dentro de uma caixinha no que diz respeito a opinião própria.
Eu particularmente nunca tive medo de expor os meus pensamentos aqui na internet, desde que não ferissem os meus princípios obviamente. Mas eu deixei de falar muitas vezes por não querer comprar briga à toa sabe? Pensava “é melhor deixar como está, minha opinião não vai mudar em nada”e com isso fui perdendo a minha liberdade, por causa de mim mesma. Nem sempre serão os outros que irão te fazer calar, mas as vezes é aquela voz dentro de você que diz que não vale a pena, que é melhor ficar quieto e não se meter onde não foi chamado.
Nos tornamos APÁTICOS. E sabe o que isso significa? Que estamos sendo indiferentes, não demonstrando nenhum interesse, nos fazendo de desinteressados. Quando deveríamos fazer o oposto disso.
Sempre me lembro de que se o mundo está como está, se as universidades estão como estão, se a politica está como vemos por aí é por que nós, cristãos, deixamos de ocupar o nosso lugar na sociedade quando deveríamos. Só que a gente se trancou dentro da igreja e deixamos as coisas acontecerem, sendo apáticos ao que estava acontecendo como um todo não só na nossa nação como no mundo inteiro.
A nossa vontade por ser aceitos é maior do que a demonstração da nossa liberdade. No sentido de que muitas vezes, deixamos de falar algo só para nos darmos bem com alguém, para estar presente naquele evento tão importante, para fazer parte de uma comunidade. Achamos que estamos mantendo a paz não compartilhando o que realmente deveríamos fazer e com isso retornamos ao lugar de escravidão.
Porque o oposto da liberdade é um lugar de escravidão, onde você faz algo porque é obrigado, onde não tem direitos, apenas deveres, não tem voz, nem permissões. Um lugar que só te afunda, e não te levanta. Em que o peso não é diminuído, mas cada vez mais é elevado. Por mais que ache que está fazendo a coisa certa, quem te escraviza não vê isso com bons olhos, ao invés disso aumenta mais o peso das cargas e por aí vai.
A Bíblia diz:
Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.
Leia novamente essa frase: HÁ LIBERDADE!
Não existe um peso nas suas costas, você se torna livre.
Mesmo sabendo disso, o que fazemos? Tentamos entrar numa caixinha para agradar os outros e viver em paz com todos, renunciando muitas vezes os nossos princípios e defender o que a Bíblia defende e condenar o que a Bíblia também condena. Quando não temos essa coragem para se opor ou para defender, normalmente o que fazemos é nos retirar desses ambientes. Mas continuamos vivendo presos em um lugar que não deveríamos.
Eu oro para que o Espirito de Deus esteja sobre a sua casa, sobre a sua vida e te dê coragem para que nEle vocÊ tenha liberdade. E se preciso for, você está pronto para morrer em prol do Evangelho? Ou vai preferir negá-lo em prol da sua vida terrena? Não podemos temer o mal, se temos a Deus, Ele cuida dos seus filhos, e como disse aqueles três jovens na Babilônia quando foram lançados na fornalha: mesmo se Ele não quiser nos livrar, Ele mesmo estará conosco e continuará sendo Deus, o seu nome vai continuar sendo exaltado.
Eu quero fazer parte dos que o exaltam, ainda que a fornalha seja aquecida sete vezes mais, não quero negar o Senhor diante de tantas lutas e tantas provas, muito menos fazer parte de uma igreja que foi julgada pelo próprio Deus como sendo apática. Não podemos perder a liberdade que o Senhor nos deu.
Espero de todo o meu coração que esse texto tenha te aguçado de alguma forma a viver uma vida em liberdade no Senhor e resgatar os princípios que estamos deixando para trás com o objetivo de sermos aceitos. O que importa é sermos aceitos por Ele, apenas isso.
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