Menu
comportamento pessoal / desenvolvimento pessoal / Pensamentos / Sem categoria

O problema da falta de repertório

Aos poucos vou me sentindo empolgada novamente para escrever aqui para o blog. Os últimos meses não foram fáceis como compartilhei com vocês no último post. (se não leu, clica aqui depois para ler, está muito especial) Unindo ao fato de estar offline das redes sociais, exceto pelo youtube, sinto que minha criatividade volta a aflorar e me sinto mais sensível as palavras, com vontade de compartilhar em formato de texto aquilo que tenho pensado do lado de cá. Por isso, hoje vamos discorrer sobre a falta de repertório e como isso influencia a nossa jornada, sendo você uma pessoa criativa ou não.

Estava assistindo um video ontem sobre os livros mais vendidos de 2025 até aqui e sinceramente, foi deplorável ver todos aqueles títulos. Caso não faça nenhuma ideia, o livro mais vendido é nada mais do que um livro de colorir para adultos que se popularizou com o “intuito” das pessoas sairem das telas e se divertirem, fazendo uma atividade relaxante. Entretanto o que mais me chamou a atenção foi perceber que as pessoas só estão seguindo a onda dos outros, comprando cegamente as indicações das pessoas que tenho quase certeza que a maioria só indicou para ganhar alguma comissão na Amazon, e que não tem um gosto verdadeiramente assíduo com a leitura. Prova disso é que entre os melhores lidos, não tem nenhuma ficção, e nenhum livro realmente bom.

E o que isso tem relação com o tema do post? Exatamente tudo. As pessoas não leem mais, é muito raro hoje em dia você ver alguem carregando um livro pra cima e pra baixo. Nas décadas passadas, citando como exemplo a década de 50,60, as pessoas liam mais, mesmo que não houvesse uma acessibilidade para todas as classes sociais. Hoje, entretanto, mesmo com tantas facilidades, cito algumas: a oportunidade de comprar livros usados em sebos ou lojas de segunda mão online, pegar livros emprestados na biblioteca municipal (se a sua cidade houver), assinatura do kindle unlimited que te permite ler vários livros com um preço super acessível, entre outras; as pessoas estão perdendo a capacidade delas de acumular repertórios longe das redes sociais.

Resultado, como compartilhei em outro contexto no meu último video no youtube, mas funciona bem aqui: pessoas pensando, fazendo, opinando as mesmas coisas. Sem praticamente nenhum diferencial. É claro que repertório pegamos em vários lugares, não só lendo livros, mas eu sinceramente não conheço nenhuma outra atividade que além de melhorar seu repertório intelectual, aumenta por exemplo, seu vocabulário ao mesmo tempo. Talvez você já tenha ouvido, ou até mesmo dito, não só uma única vez, as expressões: “coisar, coisando, troço, negócio, trem” para referir a atividades cotidianas, quando não se lembra, ou não se sabe expressar da forma correta. Ou até sobre a falta de variedade de vocabulário, repetindo sempre as mesmas palavras por se acosutmar a usá-las sempre.

Depois que eu comecei a ler bons livros, de ficção e também de desenvolvimento pessoal e literatura cristã, além de me fazer pensar fora da bolha, aumentar meu repertório de criatividade e intelectual, meu vocabulário expandiu ao mesmo tempo. Vez ou outra sai alguma palavra ou outra dificil sem nenhum esforço dos meus lábios, por estar diretamente em contato com boas leituras.

A falta de repertório também acontece quando você só se expõe as mesmas coisas. Por exemplo, só assiste os mesmos gêneros de filmes, come sempre as mesmas refeições sem nenhuma variedade, deixa de conhecer novos lugares, segue a fio uma rotina monótona o tempo inteiro, ouve sempre os mesmos podcasts, youtubers e influenciadores, conversa com as mesmas pessoas sobre os mesmos assuntos, não se propõe a aprender coisas novas. Não é só sobre leitura. E saiba que isso não afeta só quem usa a criatividade como meio de sobreviver. Isso nos torna pessoas presas na bolha, sem interesse, entediantes.

Por isso, se você leu até aqui, quero te incentivar a sair um pouco da caixinha, nem que seja um pouquinho todos os dias. Faça uma coisa diferente. Saia da sua zona de conforto. Faça atividades que gerem em você um friozinho na barriga. Mesmo que essas coisas te façam sentir que não é boa em determinada tarefa, saiba que está tudo bem e é super normal não ser boa em tudo, na verdade não precisamos ser, as vezes o que mais precisamos é nos expormos a essas coisas e dar o nosso melhor, ainda que o resultado seja imperfeito. Isso nos faz lembrar que a nossa natureza humana é limitada e nos faz reconhecer que precisamos de Deus até para fazermos uma coisa “simples”, que é puxar inconscientemente o ar par dentro dos nossos pulmões a todo instante.

Espero que esse post continue te fazendo refletir. Se leu até aqui, não deixe de comentar o que achou, vou adorar ler.

Obrigada por ler até aqui,

Com carinho, Lari.

Sem comentários

    Deixe um comentário